Navios de guerra dos EUA na costa da Venezuela levantam suspeita de ação militar de Trump contra Maduro, diz jornal

  • 28/08/2025
(Foto: Reprodução)
EUA divulgam imagens de navios de guerra em operação no Oceano Atlântico O envio de oito navios de guerra pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a costa da Venezuela, como revelado por agências de notícias nos últimos dias, levantam a suspeita de uma possível ação militar contra o regime Maduro, segundo o jornal americano "Washington Post". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo a reportagem, "é raro ver tantos recursos [navios militares] enviados para apoiar" a região do Caribe, que o Exército americano chama de "Comando Sul". O jornal diz ainda que, juntos, os navios de guerra designados oferecem uma ampla variedade de opções para o governo Trump em um eventual ataque. O anfíbio USS Iwo Jima transporta helicópteros e serve como pista de pouso para jatos, os destróieres e cruzadores contam com sensores e capacidades avançadas de vigilância, além de mísseis Tomahawk de alta precisão e mísseis de cruzeiro capazes de atingir alvos em terra. Segundo informações de agências de notícias, os navios designados por Trump até o momento são os seguintes: USS Gravely: destróier; USS Sampson: destróier; USS Jason Dunham: destróier; USS Iwo Jima: navio de ataque anfíbio; USS San Antonio: navio de transporte anfíbio; USS Fort Lauderdale: navio de transporte anfíbio; USS Lake Erie: cruzador de mísseis guiados; USS Newport News, submarino de ataque rápido com propulsão nuclear. Os navios devem chegar ainda nesta semana e foram atrasados por conta do furacão Erin, que se formou no Oceano Atlântico nos últimos dias. Os militares se recusaram a detalhar a missão específica dos envios, mas afirmaram que as movimentações recentes visam enfrentar as ameaças à segurança nacional dos EUA vindas de "organizações narcoterroristas" especialmente designadas na região. Recado a Maduro EUA enviam navios de guerra para a costa da Venezuela Na semana passada, os Estados Unidos já haviam deslocado navios de guerra, aviões, ao menos um submarino e cerca de 4.000 militares para o mar do Sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, segundo as agências de notícias Reuters e Associated Press. O objetivo seria o combate aos cartéis de drogas que operam na região levando drogas da América do Sul aos EUA. O governo do presidente Donald Trump tem dado mostras de que Maduro é o novo alvo dos EUA: Seis navios de guerra foram deslocados para o sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, sob a alegação de conter ameaças de cartéis de tráfico de drogas, segundo agências de notícias. Ao responder o porquê do deslocamento de navios, a porta-voz do governo, Karoline Leavitt, disse na terça (19) que Maduro "não é um presidente legítimo", além de ser "fugitivo" e "chefe de cartel narcoterrorista" —e que, por isso, os EUA usariam "toda a força" contra o regime venezuelano. A referência a "fugitivo" se explica pelo fato de os EUA terem colocado, no início de agosto, uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 275 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o presidente venezuelano é acusado de envolvimento em conspiração com o narcoterrorismo, tráfico de drogas, importação de cocaína e uso de armas em apoio a crimes relacionados ao tráfico. O governo americano também diz que Maduro lidera o suposto Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente pelos EUA como organização terrorista internacional. Entenda a escalada de tensões entre governo Trump e Venezuela Além dos três destróieres da Marinha dos EUA, equipados com o poderoso sistema de combate Aegis, e três navios de desembarque anfíbio, feitos para transportar e desembarcar divisões terrestres, o governo Trump deslocou aviões espiões P-8 Poseidon e pelo menos um submarino, além de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais para a região. Em resposta ao envio americano dos navios de guerra, Maduro anunciou mobilização de 4,5 milhões de milicianos para combater o que chamou de "ameaças" dos EUA. Donald Trump, presidente dos EUA, e Nicolás Maduro, líder do chavismo na Venezuela Kevin Lamarque e Manaure Quintero/Reuters Navio anfíbio USS San Antonio, integrante do grupo de combate Iwo Jima da Marinha dos Estados Unidos. Sargento Nathan Mitchell/Marinha dos Estados Unidos Cartel de los Soles Donald Trump aponta Nicolás Maduro como o chefe de uma organização chamada Cartel de los Soles, que seria liderada pelo alto escalão do Exército da Venezuela. Segundo a imprensa latino-americana, o grupo atua como facilitador de rotas de drogas para outros grupos que vendem os produtos no mercado americano, como o mexicano Cartel de Sinaloa e o também venezuelano Tren de Aragua. Desde a semana passada, alguns países sul-americanos têm acompanhado a decisão de Trump de designar o Cartel de los Soles como organização terrorista, começando pelo Equador, governado por Daniel Noboa, de direita. Em seguida, foi a vez do presidente Santiago Peña, do Paraguai. Nesta sexta-feira (22), a Guiana também publicou uma medida semelhante. Enquanto Equador e Paraguai são governados por opositores do chavismo, a Guiana se encontra em uma disputa terrirorial com Caracas pela região de Essequibo, que ela controla. Poder de fogo de Caracas Em contraposição aos EUA, a Venezuela tem problemas em seu arsenal militar. Segundo o IISS (Instituto Internacional para Estudos Estratégicos), as Forças Armadas venezuelanas operam com "capacidades restritas" e "problemas de prontidão" por conta de "sanções internacionais, isolamento regional e uma crise econômica de longa data", que nas últimas décadas limitaram a capacidade de comprar armamentos e tecnologia militar. "Sanções internacionais e a crise econômica limitaram significativamente a capacidade do país de obter novas tecnologias militares. (...) Devido à capacidade limitada de aquisição, grande esforço é direcionado a reparos e modernizações de sistemas já existentes, e a Força Aérea e a Marinha enfrentam problemas de prontidão", afirmou o IISS no relatório. Por conta dessas restrições, muita incerteza paira sobre as capacidades militares reais da Venezuela, mesmo com o país tendo alguns equipamentos considerados relativamente modernos. Poderio militar da Venezuela. Gui Sousa/Equipe de arte g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/28/navios-eua-costa-venezuela-levantam-suspeita-acao-militar-diz-jornal.ghtml


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